MÚSICA:
O FIM DO SKANK
Janaina Sá Brito
Anteontem, foi anunciada a separação da banda Mineira Skank após trinta anos de carreira. A banda passou a ser conhecida Nacionalmente em 1993, dois anos após o lançamento de seu primeiro disco, Skank (1991). Depois, emplacou mais grandes discos de sucesso. Em Novembro de 1994, tive o prazer de assistir ao show da banda em Porto Alegre no Bar Opinião. Era o show de lançamento do disco Calango.
A banda começou fazendo um som bem diferente, um reggae com batidas eletrônicas e letras variadas. O Vocalista Samuel Rosa era um cara carismático, que conquistava o público com sua simpatia e sua paixão pelo futebol. Para quem não sabe, Samuel é torcedor do Cruzeiro, mas coleciona camisetas de vários times . Sua paixão pelo futebol é tão grande que em 1996, compôs com Nando Reis a música ‘é uma partida de futebol’, que abre o disco O samba poconé. No início da carreira, seus primeiros quatro discos Skank (1991), Calango (1994), O samba poconé (1996) e Siderado (1998), tinham uma sonoridade 100% reggae. A partir do lançamento do disco Maquinarama (2000), a banda passou a adotar uma sonoridade pop eletrônica. Confesso, dessa fase, o único disco do Skank que me agrada é o Estandarte (2008).
O Skank vai fazer falta nas paradas de sucesso, mas acho que Samuel poderia aproveitar o fechamento desse ciclo de trinta anos para quem sabe ser um comentarista de futebol em algum canal aberto ou fechado, pois ele sabe como ninguém discorrer sobre o tema ou quem sabe ter uma carreira solo. Bem, não sabemos o que vai rolar no futuro, mas a única coisa de bom que vai rolar é que guardaremos para sempre os discos da banda e com certeza dançaremos suas músicas em alguma festa retrô anos 90. Confesso, dancei muito as suas músicas nessa época em todas as baladas. Bem, só nos resta desejar que os integrantes do Skank tracem seus novos caminhos com muito sucesso. Valeu Skank!
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ANTENADA 