CARNAVAL 2020:
A LACRAÇÃO DAS MARCHINHAS
Janaina Sá Brito
O politicamente correto agora chegou até o carnaval, fazendo com que algumas marchinhas clássicas sejam banidas do repertório dos tradicionais blocos de carnaval do Brasil. Em 2017, alguns blocos Cariocas excluíram as marchinhas ‘cabeleira do Zezé, Maria sapatão, ‘o teu cabelo não nega’ e ‘nega maluca’. Este ano, os blocos Maria do Bairro e Deixa falar de Porto Alegre também resolveram fazer o mesmo, alegando que essas marchinhas induzem ao racismo e á homofobia.
Ontem, em uma matéria do site Gaúcha ZH, o Compositor Carioca João Roberto Kelly de 81 anos, que compõe marchinhas carnavalescas desde os anos 60, diz que as letras não são preconceituosas e que essas marchinhas são feitas para brincar e se divertir. Kelly afirma que o politicamente incorreto é a violência nos desfiles e o pessoal que se infiltra nos blocos para assaltar, agredir e molestar os foliões.
Segundo Historiadores e Professores Universitários, essas marchinhas fazem parte do contexto histórico do Brasil e que a música é uma forma de a sociedade se expressar e que agrega pessoas e ideias. Então, não é justo que o carnaval seja lacrado dessa forma, afinal, são quatro dias de folia e diversão e todos gostam de cantar as clássicas marchinhas, independente de geração, cor credo, raça gênero e orientação sexual. Chega de lacração galera! Vamos brincar na Avenida até o sol raiar e curtir esses quatro dias de folia sem se preocupar com frescuras!
Sugestões de pauta, comentários, elogios e críticas? Mande E-mails para: janaina.sabrito@gmail.com