MÚSICA:
A POLÊMICA DO BEBÊ DE “NEVERMIND”
Janaina Sá Brito
Em um mundo polarizado, em que o mimimi impera, algo de inusitado aconteceu no mundo da música no dia de ontem. Spencer Elden, o bebê que apareceu na capa do disco “Nevermind”, do Nirvana, há trinta anos, resolveu abrir o berreiro e processar a banda por pornografia infantil e exploração sexual. Pelo que se sabe, os pais de Spencer, que na época tinha quatro meses, foram consultados, autorizaram o uso da imagem do filho na capa do disco e ganharam $ 100 mil dólares pela foto.
Na biografia de Kurt Cobain, intitulada “mais pesado que o céu” e lançada em 2002, consta que Kurt decidiu colocar o bebê na capa após assistir na TV um documentário sobre partos sub aquáticos, que achou interessante. O Dólar, que está ao lado do bebê, segundo Kurt, foi uma crítica ao capitalismo. Então, é besteira o bebê, então hoje um rapaz de trinta anos, querer processar uma banda que nem existe mais e que perdeu seu vocalista três anos depois do lançamento do disco, por essas coisas. Isso prova que Spencer só quer aparecer e entrar para o hall da fama dos haters do momento. Confesso, há um ano e meio, fiz uma tatuagem em meu braço esquerdo, o meu primeiro projeto, era a capa de “Nevermind”, pois amo esse disco e o tenho até hoje, mas depois pensei que doeria muito e então, troquei para o signo de Áries, que é o meu signo. Ficou uma tatuagem muito bonita e recebo elogios até hoje por ela.
Essas coisas mostram como o mundo está cada vez mais chato e como o politicamente correto estraga tudo. Eu continuarei amando essa capa e esse disco, independente do que o bebê-adulto Spencer deixa ou não de pensar, o Nirvana é e sempre será minha banda preferida, independente de suas capas de disco. Simples assim!
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